sábado, 28 de abril de 2007

A Fonte da Vida

The Fountain (2006)
de Darren Aronofsky
com Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn

Na Espanha do século 16, o navegador Tomas Creo parte para o Novo Mundo em busca da lendária árvore da vida. Nos tempos atuais a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de câncer, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Uma terceira história une as duas primeiras: no século 26, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência.
Belo filme.Pode parecer complexo para alguns, mas é o tipo de filme que não é para se entender, mas sim para ver, sentir e viver.Tem momentos emocionantes - destaco a época presente, em que ele busca incansavelmente a cura para o tumor da sua esposa (só quem já passou por isso sabe como é) - e paisagens/efeitos fascinantes.Fora a performance excelente de Hugh Jackman, que nos passa perfeitamente toda emoção e sofrimento que o personagem está sentindo.Só achei que o roteiro as vezes ''acelera'' os acontecimentos, onde poderia ser mais desenvolvido e trabalhado.Pode não responder todas as questões existencias dos personagens (assim como eu acho que nunca teremos as respostas pra tudo), mas em relação à morte o diretor deixa bem claro sua concepção.Destaque também para a ''participação'' da luz em quase todas as cenas e os objetos principais, todos em formato de círculo - que, no meu entender, faz referência ao ciclo da vida.nota 8

Janela Indiscreta

Rear Window (1954)
de Alfred Hitchcock
com James Stewart, Grace Kelly, Wendell Corey, Thelma Ritter

Em Greenwich Village, Nova York, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.
Meu primeiro filme do Hitchcock, e devo dizer que não gostei tanto como deveria (!?).Digo isso porque todos que conheço (ou pelo menos a grande maioria) acham o filme uma obra-prima.Concordo que a fotografia e direção são excelentes, tem diálogos maravilhosos, que todo o elenco está bem e que Hitchcock consegue criar um baita suspense dispondo apenas de uma janela num quarto, mas não achei tudo tão perfeito assim.Talvez porque o final não tenha me surpreendido, ou porque criei expectativas demais.Mesmo assim, o filme é muito bom.nota 8

Luzes da Cidade

City Lights (1931)
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Harry Myers, Virginia Cherrill, Florence Lee

Após se apaixonar por uma florista cega que acredita que ele seja um milionário, um vagabundo tenta conseguir o dinheiro necessário para que ela faça uma operação que a permita voltar a enxergar.
Mais um filmaço do gênio Chaplin.Dos 3 que vi dele até agora, esse é o mais comovente.Mas também não deixa o humor de lado, pelo contrário, tem situações engraçadíssimas.O mais incrível é a originalidade que Chaplin revela em todos os seus filmes.Nenhuma situação é repetida, nem de outros filmes, mas todas são satisfatoriamente engraçadas ou comoventes.E ainda conta com um final maravilhoso,comovente,emocionante.Vale a pena ver e rever. nota 9

Manderlay

Manderlay (2005)
de Lars Von Trier

com Bryce Dallas Howard, Isaach de Bankolé, Danny Glover, Willem Dafoe, Lauren Bacall, John Hurt

Após deixarem para trás a cidade de Dogville, Grace e o pai acabam por acaso nos portões da fazenda de Manderlay, no sul dos Estados Unidos. Lá Grace descobre uma estrutura escravagista em pleno funcionamento, apesar de estarmos em 1933, quando já fora abolida a escravatura. Ela se envolve então nas relações entre os empregados negros e seus patrões, apenas para descobrir que os laços que regem estas relações são bem mais complexos do que ela pensava. Assim como em Dogville, a força do filme é a estória (mais uma vez muito bem construída) e o elenco (que achei não estar tão afiado e natural quanto em Dogville, mas está bem ).Mesmo usando um tema já batido - o racismo - Lars Von Trier consegue desenvolver um roteiro original e criativo, nunca com situações forçadas ou inverossímeis.Por outro lado,a ''falta de cenários'' e a narrativa lenta - no meu ponto de vista,por necessidade - ainda pode desagradar alguns.Mas é um bom filme. nota 7

domingo, 22 de abril de 2007

Melhor é Impossível

As Good As It Gets (1997)
de James L. Brooks
com Jack Nicholson, Helen Hunt, Greg Kinnear, Cuba Gooding Jr.

Em Nova York, um escritor grosseiro e sarcástico (Jack Nicholson) tem como alvos principais um artista gay (Greg Kinnear), que é seu vizinho, e uma garçonete (Helen Hunt) que enfrenta problemas por ser mãe solteira e ter que se desdobrar para cuidar de seu filho, que tem asma crônica. Mas o destino vai fazer com que eles fiquem muito mais próximos do que poderiam
imaginar.
Filme bacana de se assistir, onde os atores - com Jack Nicholson comandando - dão um show à parte. O roteiro, apesar de não ter me conquistado tanto assim, dosa bem as situações dramáticas e cômicas.Mesmo não conseguindo fugir da previsibilidade, o filme se destaca por algumas situações impagáveis e principalmente pelo desempenho do elenco.nota 8

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A Fonte da Donzela

Jungfrukällan (1959)
de Ingmar Bergman
com Max Von Sydow, Birgitta Valberg, Gunnel Lindbom, Birgitta Pettersson, Tor Isedal, Axel Duberg

Ao se dirigir para a igreja uma jovem é estuprada e assassinada por dois pastores, que sem saber acabem indo na casa de seus pais para pedir comida e abrigo.
Dos (poucos)filmes que vi até agora do sueco Ingmar Bergman (o qual muitos intitulam como um dos melhores diretores do cinema) esse foi o que mais gostei.Aqui, novamente, ele trata da fé e religiosidade, mas também abre espaço para a culpa,a ironia, o perdão e, o que eu acho mais interessante, a vingança.Muito interessante a ironia de os assassinos terem ido se abrigar justamente na casa dos pais da vítima e serem muito bem recebidos lá .Interessante também a bondade e inocência da jovem filha do casal...e a decisão do Pai dela, religioso convicto, quando descobriu que os homens que ele acolheu assassinaram sua filha.O filme pode não questionar tanto a fé como em O Sétimo Selo, mas explora bem também esse assunto.Mas como não poderia deixar de ser quando se trata de Bergman, o filme tem alguns simbolismos (principalmente no final), coisa que eu não aprecio muito - talvez por na maioria das vezes não entender o que ele quer dizer - mas que a interpretação também depende muito de quem assiste e sua fé . nota 8

Dersu Uzala

Dersu Uzala (1974)
de Akira Kurosawa
com Maksim Munsuk, Yuri Solomin, Svetlana Danilchenko, Dimitri Korshikov

Dersu Uzala é um camponês mongol que serve de guia para um militar russo, líder de uma expedição de levantamento topográfico na Sibéria. Dersu é um exemplo de humildade e sabedoria, e o filme mostra de maneira poética e sensível as diferenças culturais entre ele o pesquisador russo.
É difícil avaliar esse tipo de filme, onde o estilo usado pelo diretor é quase contemplativo.Digo isso poque, ao mesmo tempo em que o filme é belo, tem ótimas paisagens e trata de virtudes simples, também é monótono e arrastado, além de longo (+ de 2 horas de duração).Vale mais para aqueles que curtem filmes ''de arte'', ou fãs do trabalho do diretor Akira Kurosawa.Acho que nem todos que assistirem vão ter paciência para apreciar. nota 6

terça-feira, 17 de abril de 2007

Lawrence da Arábia

Lawrence of Arabian (1962)
de David Lean
com Peter O'Toole, Omar Shariff, Antony Quinn, Alec Guiness

Em 1935, quando pilotava sua motocicleta, T.E.Lawrence morre em um acidente e, em seu funeral, é lembrado de várias formas. Deste momento em diante, em flashback, conhecemos a história de um tenente do Exército Inglês no Norte da África, que durante a 1ª Guerra Mundial, insatisfeito em colorir mapas, aceita uma missão como observador na atual Arábia Saudita e acaba colaborando de forma decisiva para a união das tribos árabes contra os turcos.
Bom filme de aventura, com fotografia,figurino e locações no deserto belíssimas e atuação marcante de Peter O´Toole como Lawrence.A história é bem conduzida e a ação dá lugar à aventura (vemos batalhas, mas pouco corpo a corpo) de uma forma bem legal.Mas há algumas cenas desnecessárias e particurlarmente não gostei da parte da confusão de personalidade de Lawrence(mais pro final), sem dizer que o filme se torna arrastado na parte final, talvez por ser muito longo (+ de 3 horas de duração).Um bom filme, mas quem for ver é bom não criar tanta expectativa. nota 8

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Tempos Modernos

Modern Times (1936)
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford

Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar.É onde os dois se encontram. Incrível como, já naquela época, Chaplin conseguiu definir bem como era(e é até hoje) o capitalismo selvagem e seu modo de produção quase desumano, onde os proprietários só pensam cada vez mais em dinheiro e cada vez menos nos funcionários.Incrível também como ele consegue colocar um humor inteligente nas cenas ao mesmo tempo que faz uma crítica social (por exemplo: o paradoxo dele querer ficar na prisão ao invés de voltar para casa). Achei sensacional, um pouco abaixo ainda do primeiro que vi dele (O Grande Ditador), onde achei tanto o humor quanto o roteiro melhores, mas ainda assim é um filme genial e, levando em consideração a época em que foi feito (anos 30!!), é melhor do que quase tudo que já vi em cinema. nota 9

Depois da Vida

Wandafuru raifu (1998)
de Hirokasu Koreeda
com Arata, Erika Oda, Susumu Terajima, Takashi Naito

Em um ponto qualquer entre o céu e a terra, pessoas mortas recentemente são apresentadas aos seus guias. Durante os três dias seguintes, estarão escalados para ajudar os mortos a vasculhar suas memórias em busca de um momento determinado de suas vidas, uma boa lembrança, um marco em suas existências. O momento escolhido será recriado em um filme, que será uma espécie de lembrança que levarão consigo em sua passagem para o paraíso. Mas, além do choque dessas pessoas ao saberem que estão mortas, resta ainda uma tarefa difícil: escolher o momento mais importante de suas vidas.
Uma pena tanta criatividade ficar só na sinopse.Comecei a ver a noite mas tive que deixar para terminar de ver o filme no outro dia, de tanto sono que o filme me deu.O filme tem sim um ou outro momento que serve para reflexão, mas não explora bem a idéia e muito menos os personagens - que aceitam tudo e incrivelmente não perguntam nada significativo aos ''guias''.Fora o fato de eu não ter gostado de nenhum dos atores (a maioria inexpressivos) e o filme ser de um depressão sem fim.Acho até que a idéia era deixar o filme com esse tom depressivo mesmo, mas não precisava tanto.Só achei legal a homenagem ao cinema - como a fábrica que recria as memórias - e a dificuldade das pessoas em ter que escolher apenas um momento da vida como recordação eterna - um tema que merecia um desenvolvimento melhor.nota 4

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Especial - O Grande Ditador

The Great Dictator (1940)

De Charles Chaplin
Com Charles Chaplin, Jack Oakie, Paulette Goddard, Henry Daniell, Reginald Gardiner

Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo esmagados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas da história: o ditador Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido, este filme lhe causou sua expulsão dos Estados Unidos, mas criou também uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já transmitidas ao homem.

Acho que até hoje, de todos os filmes que eu vi, poderia classificar um ou dois como obra-prima, e mesmo assim com algumas ressalvas.Mas após ter assistido esse O Grande Ditador, posso afirmar sem medo ou ressalva nenhuma: o filme é uma Obra-Prima e Charles Chaplin é um Gênio.Absolutamente, preciso corrigir o erro de nunca ter visto nada dele e ver toda a sua obra .Tudo é perfeito no filme.O humor refinado, inteligente e criativo (que tentam imitar até hoje) o roteiro, a parte ''técnica'' (para a época, sensacional) as interpretações (todos estão impecáveis até nos olhares), os diálogos, a direção e a trilha sonora.É uma seqüência de cenas clássicas, uma melhor e mais inteligente do que a outra.Há várias partes que poderia destacar, entre elas a soberba interpretação de Chaplin, tanto como o ditador quanto como judeu, que com certeza é a melhor que eu já vi e o discurso final, que serve como reflexão para todos, desde ditadores à miseráveis, pois todos, antes e acima de tudo, são seres-humanos.

O filme tem mais de duas horas, mas nunca fica cansativo ou chato, pelo contrário, vai melhorando.É daqueles(poucos) que a gente torce para não acabar nunca.

Um filme atemporal, que apesar da idade nunca perderá a qualidade, graças a genialidade de Chaplin.nota 10


segunda-feira, 9 de abril de 2007

Eterno Amor

Um Long Dimanche de Fiançailles / A Very Long Engagement(2004)
de Jean-Pierre Jeunet
com Audrey Tautou, Gaspard Ulliel, Clovis Cornillac, Jodie Foster

Após o término da 1ª Guerra Mundial, a jovem Mathilde aguarda notícias sobre Maneth, seu noivo. Mathilde fica sabendo que Maneth fez parte de um grupo de cinco soldados que, individualmente, provocaram sua própria mutilação, para que deixassem a frente de batalha da guerra. Os cinco são condenados à morte pela Corte Marcial e, após serem levados a uma trincheira francesa, são deixados à morte no território existente entre o local em que estavam e a trincheira alemã. Apesar de todos serem considerados mortos pelo exército francês, Mathilde acredita que Maneth está vivo e inicia, por conta própria, uma busca por pistas que confirmem isto.
Belo filme francês de romance e guerra, com ótimas interpretações e boa direção.As cenas de batalha são muito bem feitas, assim como toda a parte técnica do filme (inclusive foi indicado aos Oscar's de Direção de Arte e Fotografia).A trama - apesar de picotada - é muito bem contada e em nenhum momento cai na previsibilidade,além de contar com um humor refinado.Com belas locações e bons momentos (principalmente os que envolvem a guerra) o filme vale a conferida, só que é um tanto longo e às vezes perde o ritmo por isso. nota 7

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Trilogia do Silêncio - por Mário Franciscon


A Trilogia do Silêncio, de Ingmar Bergman


A Trilogia do Silêncio tem como temas principais, os quais são muito caros a toda obra de Bergman, a impossibilidade de comunicação entre as pessoas e o questionamento da existência de Deus. Segundo o diretor, “cada filme [da trilogia] tem um momento de contato, de comunicação humana: na frase ‘papai falou comigo’, no final de “Através de um Espelho”; o pastor conduzindo a missa na igreja para Martha, no final de “Luz de Inverno”; o garotinho lendo a carta de Ester no trem, no final de “O Silêncio”. Um diminuto mas crucial momento em cada filme. O que mais importa na vida é conseguir fazer esse contato com outro ser humano. Do contrário você está morto, como muitas pessoas hoje estão mortas. Mas se você puder dar esse primeiro passo em direção à comunicação, em direção à compreensão, em direção ao amor, então não importa o quanto o futuro possa ser difícil – e não tenha ilusões, mesmo com todo amor do mundo, viver pode ser diabolicamente difícil – então você está salvo. Isso é tudo que importa, não é ?”

Seguem as impressões e avaliações de cada um dos filmes:

Através de um Espelho (Såsom I En Spegel,Ingmar Bergman, 1961)
Harriet An
dersson está maravilhosa como a frágil Karin que, afetada por crises de loucura, entra em conflito com seus familiares (seu pai, seu irmão e seu marido), durante as férias numa ilha distante. Um drama psicológico intenso, com poucos personagens, em que Bergman disseca o processo de degradação de uma família, além de tratar da existência (ou não) de Deus. A fotografia de Sven Nykvist em preto-e-branco é algo de excepcional, e a música de Bach casa perfeitamente com o clima das imagens. Um degrauzinho abaixo dos maiores filmes que assisti dele (Morangos Silvestres, O Sétimo Selo, Gritos e Sussurros, Fanny e Alexander e Persona), mas melhor que quase tudo que já tive oportunidade de ver. nota 9.


Luz de Inverno (Nattvardsgästerna, Ingmar Bergman, 1962)
O tema é o
mesmo do filme predecessor: o questionamento da existência de Deus e de como Ele se revela (ou não) ao homem. Porém, se em "Através..." a fé e a dúvida são permeadas pela insanidade da protagonista, em "Luz..." Bergman privilegia a amargura e a desesperança do pastor luterano Tomas Ericsson (Gunnar Bjornstrand), incapaz, por conta de seus próprios dilemas religiosos, de ajudar um fiel a superar seus conflitos existenciais. Mais árido e melancólico que o anterior, "Luz de Inverno" é outro grande filme do diretor sueco. nota 8,5.






O Silêncio (Tystnaden, Ingmar Bergman, 1963)
O último filme da trilogia e o mais polêmico, pelo fato de possuir cenas com forte apelo erótico (o diretor foi muito criticado por parte das autoridades suecas, e por grupos religiosos). Desta vez, Deus está ausente (literalmente) e o que predomina é a ausência de comunicação entre as pessoas. Duas irmãs viajam de volta à Suécia acompanhadas do pequeno filho de uma delas. Param em um hotel quase deserto, aparentemente em território finlandês, onde a língua é um entrave para a comunicação. Ester (Ingrid Thulin) é a mais velha, uma tradutora solteirona bem sucedida que tem sérios problemas de saúde (inclusive alcoolismo), e Anna é a mais jovem e libertária, mãe de Johan. As irmãs possuem sérios problemas de relacionamento. Desta feita, Bergman investe pesado na sensualidade (de Anna), na amargura (de Ester) e na imaginação lúdica (de Johan), com maestria, mas na minha opinião sem o mesmo brilho dos anteriores. nota 8.



Para saber mais sobre Ingmar Bergman:
http://www.terra.com.br/cinema/favoritos/bergman.htm

* Agradeço muito ao Mário (profundo conhecedor de Cinema, amigo e tbm moderador do grupo cinemafantástico) por ter me enviado as críticas.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Resumo - Março

Resumo dos filmes vistos em Março

Zona de Risco (2000) - nota 7 ***½
''Outro bom filme coreano, com bela direção e boas atuações, alem de uma estória original. ''

Carros (2006) - nota 7 ***½
''...
tem passagens e personagens divertidos sem forçar muito e a mensagem final é bem legal.''

Click (2006) - nota 7 ***½
''...um roteiro bem legal e criativo e passagens muito engraçadas...''

Por Um Sentido na Vida (2002) - nota 6 ***
''Drama que começa interessante, mas vai se tornando previsível à medida que as coisas vão acontecendo.''

Exército de Mercenários (2004) - nota 6 ***
'' Tem algumas tiradas engraçadas e uma mensagem boa no final, o que acabou o tornando ‘assistível’ ''.

O Protetor (2005) - nota 7 ***½
''Pra quem gosta de filmes de luta e gostou de Ong Bak, esse, apesar de um pouco inferior, tbm é recomendado.''

Filhos da Esperança (2006) - nota 7 ***½
''
Tecnicamente o filme é impressionantemente bom, com efeitos, trilha, som e fotografia ótimos, mas achei que o roteiro deixou um pouco a desejar...''

Borat (2006) - nota 6 ***
''...
uma mistura de apelação com tosquice.''

Prenda-me Se For Capaz (2002) - nota 7 ***½
''É um filme que prende mais pela história no geral, do que por essa ou aquelas parte...''