sábado, 12 de maio de 2007

O Silêncio do Lago

Spoorloos (1988)
de George Sluitzer
com Bernard-Pierre Donnadieu, Gene Bervoets, Johanna ter Steege

Numa viagem de fim de semana um casal para num posto. Quando ele retorna ela desapareceu misteriosamente, sem deixar nenhum vestígio. Anos mais tarde um homem que pode ser seu raptor propõe um jogo macabro.
Uma ótima pedida pra quem procura suspenses bons e originais.O filme te deixa com os olhos grudados na tela, principalmente depois do desaparecimento da jovem.E vai assim até o devastador,original, criativo e surpreendente final.Mais um que mostra que não é preciso orçamentos milionários para se ter um bom filme, mas sim uma boa idéia.Agradeço ao meu amigo Fabiano, por tantas vezes ter me indicado o filme.Realmente é um filmaço.nota 9,1

Fale com Ela

Hable com Ella (2002)
de Pedro Almodovar
com Javier Cámara, Darío Grandinetti, Rosario Flores, Leonor Watling

Uma tragédia em comum une dois homens desconhecidos até então, quando eles precisam cuidar de duas mulheres que estão em coma no hospital.
Filme sublime, tocante, que trata de vários valores e temas, entre eles amizade, amor, perdão, solidão.Tudo com um roteiro bem conduzido, bem dirigido, com bons diálogos.Difícil não se solidarizar com as situações dos personagens.E o rumo que a estória toma é incrível, triste, melancólico, mas acima de tudo, verdadeiroAo meu ver, ganhou merecidamente o Oscar de melhor roteiro.nota 8,5

Amadeus

AmadeuS (1984)
de Milos Forman
com F. Murray Abraham, Tom Hulce, Elizabeth Berridge, Jeffrey Jones

Após tentar se suicidar, Salieri (F. Murray Abraham) confessa a um padre que foi o responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e relata como conheceu, conviveu e passou a odiar Mozart, que era um jovem irreverente mas compunha como se sua música tivesse sido abençoada por Deus. Belo filme, acredito que merecedor dos 8 Oscar's que ganhou (Filme, Diretor,Ator,Direção de Arte,Figurino,Maquiagem,Som e Roteiro Adaptado).O filme é sobre Mozart, mas quem rouba a cena é F. Murray Abraham, como o ''invejoso admirador'' Salieri.Achei que a atuação de Tom Hulce como Mozart está caricata demais, mas nada que atrapalhe - na verdade, ele concorreu até ao Oscar .Mas o maior mérito do filme fica por conta da direção de Milos Forman, que ''orquestrou'' magistralmente tudo.É muito bom filme, entretanto e não sei por quê, eu esperava mais. nota 8,5

A Felicidade Não Se Compra

It's a Wonderful Life (1946)
de Frank Capra
com James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Henry Travers

Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, é mandado à Terra, para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.
Filmaço de Frank Capra.Isso sim se pode chamar de roteiro bem construído.O filme é divertido, cativante e emocionante.Só achei que se arrastou um pouco ao reservar muito mais tempo à estória e deixar pouco tempo pro final - aliás, que final.Uma lição de vida e otimismo.Mais um clássico absoluto, que vale a pena ver e rever.nota 9,3


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Batalha Real

Batoru Rowaiaru / Battle Royale (2000)
de Kinji Fukasaki
com Tatsuya Fujiwara, Aki Maeda, Taro Yamamoto

Essa trama de ação se passa em um século 21 alternativo, quando o Japão passa por uma grave recessão, com alto grau de delinqüência juvenil e evasão escolar. Para combater isso o governo sugere uma atitude extrema: cria um programa de sobrevivência para jovens recrutados em todas as escolas do país. É quando entre em cena o professor Kitano (Takeshi Kitano de Zatoichi) e seus 42 alunos. Todos são levados para uma ilha deserta e recebem um kit de sobrevivência com alguns suprimentos e armas. Eles devem ficar no local durante três dias, mas apenas um deve sobreviver, caso contrário todos serão mortos.
Interessante filme japonês, mas ainda assim eu achei uma ótima idéia mal explorada.A começar pelos exageros - coisa que talvez seja até proposital - mas tira um pouco da eficiência da estória.Acho também que poderiam ter explorado mais o comportamento dos jovens na ilha e fora que não gostei do final.Mas, repito, é um filme bem interessante, tem bons momentos e não deixa de ser um retrato da sociedade.nota 6,8

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Em Busca do Ouro

The Gold Rush (1925)
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Mack Swain, Tom Murray, Georgia Hale

No Alasca, Carlitos (Charles Chaplin) tenta a sorte como garimpeiro em meio a corrida do ouro de 1898. Lá ele conhece o gordo McKay (Mack Swaim), com quem cria bastante confusão após uma tempestade de neve, e se apaixona por uma dançarina (Georgia Hale).
Mais um ótimo filme de Chaplin, dessa vez com um roteiro melhor ''orquestrado''. Passagens hilariantes e inteligentemente criativas, como só ele sabe fazer.Destaque especial para a dança com os pães.Tem muito o que comentar, mas se tratando de quem é basta dizer que é mais um ótimo filme do gênio.nota 10

Nascido para Matar

Full Metal Jacket (1987)
de Stanley Kubrick
com Matthew Modine, Vincent D'Onofrio, Adam Baldwin, R. Lee Ermey

Um sargento (R. Lee Ermey) treina de forma fanática e sádica os recrutas em uma base de treinamentos, na intenção de transformá-los em máquinas de guerra para combater na Guerra do Vietnã. Após serem transformados em fuzileiros navais, eles são enviados para a guerra quando lá chegam se deparam com seus horrores.
Muito bom filme sobre a guerra e seus horrores, desde o treinamento até o campo de batalha.Acima de tudo, é uma forte crítica à guerra e tudo que a envolve.Apesar de ter achado a primeira parte (o treinamento) mais, digamos, ''forte'', gostei da segunda parte também, só achei que merecia um final melhor.nota 8
Curiosidade:
Já perto do final do filme, quando Cowboy solicita os reforços de tanques via rádio, a voz de Murphy, o recruta que retorna sua ligação, é nada mais nada menos que a voz do próprio diretor Stanley Kubrick.